A linha entre autoridade e autoritarismo parece tênue. Porém, os dois conceitos são bastante distintos. Enquanto autoridade significa impor regras necessárias para um bom convívio, autoritarismo é sinônimo de imposição, uso excessivo de poder. Mara Pusch, psicóloga da Unifesp, diz que autoridade parental não deixa criança alguma retraída ou traumatizada. “A autoridade é mostrar que os pais têm o poder de decisão sobre o seu filho. O problema é que, quando dessa decisão não é bem exposta às crianças, vira autoritarismo. O filho precisa enxergar que tem autonomia para escolher o que quer, mas que o seu desejo pode ser ou não realizado”.
Uma criança se sente acuada quando sofre uma vigilância constante, quando há controle em demasia sobre as suas ações. Ao notarmos crianças retraídas ou sufocadas, é preciso pensar que ela está sentindo o peso da autoridade como excessivo e que pode não ter forças para suportá-lo. “É importante que os pais repensem seu lugar e escutem a criança. Às vezes, em alguns desses casos, é a criança quem cria uma imagem de um pai extremamente autoritário e isso não corresponde à realidade.”, afirma a psicóloga.
Fonte: delas.ig.com.br
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